A influenza é causada pelo vírus da gripe, que pertence à família Orthomyxoviridae. Existem quatro tipos principais de vírus da influenza que afetam os seres humanos:

• Influenza A: É o tipo mais comum e pode causar epidemias sazonais e pandemias. Os subtipos mais conhecidos incluem o H1N1 e H3N2.
• Influenza B: Embora não cause pandemias, o vírus do tipo B também pode provocar surtos sazonais, principalmente no inverno.
• Influenza C: Causa infecções respiratórias mais brandas e não está associado a grandes surtos.
• Influenza D: Principalmente encontrado em animais, especialmente bovinos, e não afeta humanos.

O vírus da influenza é altamente mutável, sofrendo frequentes mutações genéticas que podem gerar novas cepas. Isso explica por que a vacina da gripe precisa ser atualizada todos os anos, uma vez que o vírus que circula em uma temporada pode ser diferente do que causou surtos no passado.

Sintomas da Gripe

Os sintomas da influenza podem variar em intensidade, mas geralmente aparecem de forma súbita e incluem:

• Febre alta;
• Calafrios;
• Dor de cabeça;
• Dores musculares e articulares;
• Fadiga extrema;
• Tosse seca;
• Dor de garganta;
• Congestão nasal ou coriza.

A gripe geralmente dura entre 5 e 7 dias, mas a fadiga pode persistir por várias semanas. Em alguns casos, principalmente em populações vulneráveis, a gripe pode levar a complicações mais graves, como pneumonia, exacerbação de condições crônicas (como asma ou doença cardíaca), e em casos extremos, pode ser fatal.

Dados sobre Influenza

A influenza afeta milhões de pessoas todos os anos, e a carga da doença varia dependendo da cepa viral predominante e da resposta à vacinação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):

• Anualmente, cerca de 1 bilhão de pessoas contraem a gripe em todo o mundo.
• 3 a 5 milhões de casos de influenza são graves, resultando em hospitalizações.
• A cada ano, entre 290 mil e 650 mil mortes são atribuídas a complicações da influenza.

No Brasil, o Ministério da Saúde realiza campanhas anuais de vacinação contra a gripe, visando reduzir a carga da doença, especialmente em populações de risco, como crianças, idosos, gestantes e profissionais de saúde.

Transmissão e Prevenção

O vírus da gripe se espalha principalmente por meio de gotículas respiratórias que são expelidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Ele também pode ser transmitido pelo contato com superfícies contaminadas.

Medidas de prevenção são fundamentais para controlar a disseminação do vírus:

1. Vacinação: A vacinação anual é a maneira mais eficaz de prevenir a gripe. A vacina da gripe é reformulada a cada ano para incluir as cepas mais recentes do vírus que estão circulando. Ela é recomendada para todos, especialmente para grupos de risco.
2. Higiene: Lavar as mãos regularmente com água e sabão, usar álcool em gel e evitar tocar o rosto são medidas simples, mas eficazes, para reduzir o risco de contágio.
3. Etiqueta respiratória: Cobrir a boca e o nariz com um lenço ou o braço ao tossir ou espirrar, e evitar o contato próximo com pessoas infectadas são formas de reduzir a disseminação do vírus.
4. Isolamento: Pessoas infectadas devem permanecer em casa até que estejam recuperadas para evitar a propagação da doença.

Vacinação contra a Gripe

A vacinação é a medida mais importante para prevenir a gripe e reduzir suas complicações. Segundo a OMS, a vacina da gripe pode reduzir em até 60% o risco de infecção e, mesmo nos casos em que não impede totalmente a doença, ela tende a diminuir a gravidade dos sintomas e o risco de complicações graves.

• No Brasil, o Ministério da Saúde promove campanhas anuais de vacinação, priorizando grupos de risco como crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas, professores e profissionais de saúde.
• Em 2023, a cobertura vacinal para grupos prioritários no Brasil atingiu cerca de 75%, de acordo com dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. Contudo, a meta é alcançar 90% de cobertura.

A vacinação é especialmente importante para:

• Crianças menores de 5 anos, que têm sistemas imunológicos menos desenvolvidos;
• Idosos (acima de 60 anos), cujo sistema imunológico pode estar enfraquecido;
• Pessoas com doenças crônicas (como diabetes e doenças cardiovasculares), que têm maior risco de complicações graves;
• Gestantes, pois a gripe pode aumentar o risco de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

Tratamento da Gripe

O tratamento da influenza depende da gravidade dos sintomas e da condição geral do paciente. Em casos leves, o tratamento envolve repouso, hidratação e o uso de medicamentos para aliviar sintomas como febre e dor.

Nos casos graves, principalmente em pacientes de risco, o médico pode prescrever medicamentos antivirais, como o oseltamivir (Tamiflu). Esses medicamentos são mais eficazes se iniciados nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, e podem reduzir a duração da doença e o risco de complicações.

Conclusão

A influenza continua a ser uma ameaça global, mas é uma doença que pode ser amplamente prevenida por meio da vacinação anual e de práticas de higiene adequadas. As campanhas de vacinação desempenham um papel crucial na proteção das populações mais vulneráveis e na redução do impacto da doença em nível mundial. Manter-se informado, adotar hábitos preventivos e buscar a vacina anualmente são as melhores formas de evitar a gripe e suas complicações.