Doenças crônicas no Brasil

As doenças crônicas atrapalham o bom funcionamento do corpo e de algumas de suas funções, causando incômodos e uma série de problemas a seus portadores. Isso porque, embora muitas tenham crises episódicas, essas patologias não têm cura e necessitam acompanhamento contínuo.

A enfermidade possui como característica sintomas que se apresentam de maneira gradual, prognósticos de pouca exatidão e incômodos que podem ser agudos ou menos intensos de acordo com o momento vivido pelo paciente.

No Brasil e no mundo, o número de pacientes acometidos pelas chamadas doenças crônicas crescem cada vez mais.

Essas doenças se desenvolvem lentamente no decorrer da vida, persistindo por longos períodos, e sendo, muitas vezes, assintomáticas. Elas são classificadas em dois tipos: as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e as transmissíveis.

Infelizmente, a maioria dos pacientes só descobre essas enfermidades depois que os sintomas aparecem. Nesses casos, a patologia já está instalada e seus efeitos podem ser irreversíveis.

Por isso, é importante descobrir a doença em sua fase inicial e manter o acompanhamento médico para evitar suas complicações.

Doenças crônicas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas são responsáveis por 71% dos falecimentos pelo mundo anualmente. Essas condições são potencializadas pelo estilo de vida proposto num mundo globalizado, na área urbana e durante o envelhecimento da população.

Uma pesquisa com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2013, informou que 40% dos adultos brasileiros, ou seja, 57 milhões de cidadãos, apresentavam ao menos um tipo de doença crônica não transmissível (DCNT). O estudo ainda demonstrou que esse distúrbio atingia de forma mais enfática pessoas do sexo feminino, cerca de 44%.

A Doenças crônicas são aquelas que têm duração maior que um ano e podem demandar cuidados médicos constantes por um longo período. Elas podem ser bastante graves e afetar a qualidade de vida dos indivíduos portadores.

Entre os exemplos de doenças crônicas, pode-se citar o câncer, os problemas cardiovasculares, a obesidade e a diabetes.

Essas patologias devem ser monitoradas mesmo quando não há sintomas e muitas precisam ser tratadas pelo resto da vida.

Outras doenças crônicas têm como origem hábitos como o vício em tabaco, sedentarismo, hábitos alimentares com pouco valor nutricional (como comer poucas verduras), abuso de bebida alcoólica e poluição.

Estes comportamentos elevam a probabilidade dos grupos em questão serem atingidos por doenças crônicas. As mais comuns na população brasileira são: depressão, colesterol alto, doenças de coluna, diabetes e hipertensão arterial.

Além disso e dos fatores genéticos, diversos aspectos da rotina de uma pessoa podem aumentar os riscos que uma enfermidade crônica já traz para a saúde.

As doenças crônicas mais comuns que acometem milhares de pessoas todos os anos são:

  • Asma;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (bronquite crônica, enfisema pulmonar);
  • Doenças cardiovasculares (hipertensão, insuficiência cardíaca, AVC, doença vascular periférica, entre outras)
  • Diabetes;
  • Câncer
  • Doenças renais crônicas;
  • Doenças neuropsiquiátricas (como depressão, distúrbios relacionados ao abuso de álcool e outras drogas, etc);
  • Doença de Parkinson e Alzheimer;
  • Sedentarismo;
  • Alimentação incorreta, com excesso de gorduras e açúcares.

Algumas pessoas possuem até mesmo mais de uma doença crônica, tendo que administrar as dores e os problemas decorrentes de ambas.

Doenças crônicas congênitas e não congênitas

É importante fazer também a distinção das doenças crônicas em congênitas, ou seja, que está presente desde o nascimento, e não congênitas, que ocorrem depois do nascimento.

Dentre as doenças congênitas, elas podem ser divididas em genéticas ou não. A fenilcetonúria (incapacidade do organismo em metabolizar um tipo específico de aminoácido, a fenilalanina) é um exemplo de doença crônica congênita genética. Já a rubéola congênita não é uma doença genética e sim, adquirida.

Quanto às doenças não congênitas, que se desenvolvem ao longo da vida, podemos citar como exemplo algumas doenças, infelizmente, comuns, como a, a hipertensão e a doença de Alzheimer. O tratamento para esses tipos de doenças pode, em alguns casos, não levar à cura — mas, melhorar a qualidade de vida e reduzir a morbimortalidade.

Tratamento adequado de doenças crônicas

Grande parte das doenças crônicas está relacionada com idade, maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse. Portanto, os tratamentos vão além de medidas medicamentosas. As mudanças em hábitos diários e dietas reguladas e controladas são essenciais no processo.

Além disso, o atendimento clínico para o tratamento dessas doenças deve ser acompanhado de psicologia, fisioterapia, nutrição ou outros.

Médicos como cardiologistas, pneumologistas, alergologistas, reumatologistas, especialistas em geriatria, oncologia, urologia, gastroenterologista e ginecologia são alguns dos profissionais que poderão ajudar o paciente a fazer o tratamento adequado.

Dentro dos Centros de Pesquisa Clínica também é uma opção para pessoas com doenças crônicas, visando os cuidados, a estrutura e o tratamento com novos medicamentos.

Terapias como a acupuntura, massagens, hidroterapia e outras que podem ajudar e trazer alívio ao paciente e são indicadas como complementares ao tratamento.

Apesar de a maioria das doenças crônicas não ter cura, muitas delas podem ser controladas e ter suas complicações prevenidas. Nesse contexto, a ajuda médica é fundamental no diagnóstico, no tratamento e no acompanhamento, o qual é realizado por equipes multidisciplinares, nas quais estão envolvidos profissionais de psicologia, nutrição, fisioterapia, assistência social e médicos de várias especialidades.

Tudo isso podem ajudar a evitar ou diminuir as complicações graves das doenças crônicas. E não se esqueça: caso você tenha algum sintoma, desconforto ou alguma dúvida sobre o assunto, é fundamental visitar um médico o quanto antes.

Detectar e tratar continuamente as doenças crônicas são passos importantes para que o organismo da pessoa responda à enfermidade e possa ter uma vida normal.

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